A decisão de engravidar pode ser repleta de expectativa, desafios e até mesmo frustrações. A maternidade pode ser marcada por idealização, sendo vista como um papel gratificante e de realização da feminilidade. A carga da cobrança social para procriar também pode ser sentida como um dever a cumprir e que, na impossibilidade de se realizar, gera sentimentos de inferioridade, menos-valia, impotência e inadequação perante a sociedade, o que reforça o estigma da infertilidade. A importância de reflexões sobre o papel da mulher na nossa cultura, visto que a maternidade é ainda utilizada como medida para o sucesso ou fracasso feminino. Faz-se necessário também refletir sobre a possibilidade da maior inserção do trabalho psicológico na reprodução assistida, visto a carga emocional e social envolvidas nesse processo.